A história do surf: como o esporte evoluiu até nossos dias

out 28, 2020

A história do surf: como o esporte evoluiu até nossos dias

Opa! Que massa que você voltou para ler a segunda parte da história do surf – você já sabe que aqui na Nômak somos fãs desses relatos antigos do esporte e esperamos que você curta também. No primeiro post que publicamos sobre a história do esporte, falamos sobre a expedição do explorador James Cook ao Havaí, que teve como resultado a primeira descrição do esporte pelos europeus, ainda no século 18. O que vem por aí vai te deixar bolado. Saca só.

Essa expedição foi determinante para a história do surf no arquipélago havaiano e para seus habitantes. Isso porque ainda no século 18, missionários cristãos chegaram às ilhas e chocaram-se com os nativos, que surfavam nus — a prática viria a ser condenada por esses propagadores da fé, que acreditavam que o povo deveria ser salvo. Maior viagem, né? Assim como os demais colonizadores das Américas, os estrangeiros levaram, além da imposição da religião cristã, doenças e miscigenação forçada ao Havaí, e foram determinantes para que o surf fosse cada vez menos praticado no arquipélago.

No fim do século 19, os Estados Unidos anexaram as ilhas havaianas ao seu território (que viria a se tornar o 50º estado americano 60 anos mais tarde). Nessa época, a população nativa tinha sido praticamente dizimada, a religião cristã havia sido adotada por grande parte da população e o surf regrediu. No entanto, muitos surfistas seguiram resistindo às imposições da colonização branca. Foi na esteira dessa resistência que o jovem Duke Paoa Kahanamoku, considerado o pai do surf moderno e grande ídolo de todo surfista que se preze, se destacou.

Revolucionário do surf

Duke era brabo. Nasceu em 1890 e foi um nadador muito talentoso, tanto que chegou a conquistar duas medalhas de ouro olímpicas em 1912 e 1920; quebrou, também, o recorde mundial dos 100 metros livres em 1914, com 53,8 segundos — o Phelps da época. No mesmo ano, durante uma exibição na Austrália, surfou para uma multidão em Freshwater, subúrbio de Sydney, e mudou para sempre a história do surf.

Além da Oceania, suas habilidades atravessaram outros mares e chegaram à Europa e aos Estados Unidos, e Duke acabou se tornando um símbolo do surf e do modo de vida havaiano, que a Nômak aprova e reproduz. Inspirado por Duke, o campeão de natação Tom Blake deixou Wisconsin e partiu para o Havaí, onde se tornou um dos grandes nomes do esporte no século 20 e um de seus principais divulgadores.

Em 1948, o surf já havia feito da costa da californiana sua morada, e foi naquele pico que Greg Noll começou a se dedicar ao esporte. Além de se destacar como exímio surfista, Noll era admirado por seu modo de viver, muito livre e sem amarras — estilo que a gente, aqui na Nômak, curte demais. Já nos anos 1950, com as long boards, pranchas feitas em material mais leve, o surf crescia vertiginosamente, inclusive como estilo de vida. Foi nessa época que surfistas da costa oeste americana rumaram em direção ao Havaí atrás de ondas gigantescas – aquele lance da aderenalina que a gente curte pacas! O destino mais procurado na época era a praia de Makaha, em Oahu.

Foi George Downing o artesão responsável pelo modelo que serviu de base para todos os surfistas de ondas grandes. Foi ele que ajudou a desbravar novos picos para pegar onda e acabou descobrindo North Shore, o nosso paraíso! North Shore era o único lugar do mundo que concentrava um pico de onda grande atrás do outro. Se hoje é irado, imagina como foi naquela época, descobrir aquilo tudo?

Nos anos 1960 e 70, competições começaram a dominar as regiões costeiras dos Estados Unidos e o Havaí, e abrir uma associação para surfistas profissionais era mais que necessário. Fundado em 1976, o IPS (International Professional Surfing) foi primeiro órgão mundialmente responsável pela estruturação do esporte em todos níveis competitivos. Em 1993, a IPS deu lugar a ASP (Association of Surfing Professional), o que representou uma nova era para a história do surf a nível mundial. Dali para cá, você sabe, só ídolos: Kelly Slater, John John Florence, Gabriel Medina… fera atrás de fera no Pipeline!

A história do surf é fascinante e nos deixa arrepiados. E o melhor: ainda é uma narrativa em construção. Vamos falar muito desse assunto por aqui, fique ligadaço! Aloha!

 

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